Quem
nunca se deparou com estatísticas preocupantes sobre os baixos índices de
leitura e de aprendizagem dos alunos?
Podemos afirmar que o tempo dedicado a
aprender estende-se e prolonga-se cada vez mais na história pessoal e social,
ampliando a educação obrigatória, impondo uma aprendizagem ao longo de toda a
vida e, inclusive, levando a que muitos espaços de ócio sejam dedicada a
organizar sistemas de aprendizagem informal.
Nunca houve tantas pessoas aprendendo
tantas coisas ao mesmo tempo como em nossa sociedade atual.
No entanto, para desvendar esse
conhecimento, dialogar com ele e não simplesmente deixar- se invadir ou inundar
por tal fluxo informativo, exigem- se maiores capacidades ou competências
cognitivas dos leitores dessas novas fontes de informação, cujo principal
veículo continua sendo a palavra escrita, embora não seja mais impressa.
Não se trata apenas
de aprender a navegar pela internet para não “naufragar” de vez; é preciso
considerar também que a construção do próprio olhar ou da leitura crítica de
uma informação tão desorganizada e difusa requer do leitor ou do navegante
novas competências cognitivas.
Não cabe mais à educação proporcionar aos
alunos conhecimentos como se fossem verdades acabadas; ao contrário,ela deve
judá-los a construir seu próprio ponto devista, sua verdade particular a partir
de tantas verdades parciais.
Não cabe mais à educação proporcionar aos
alunos conhecimentos como se fossem verdades acabadas; ao contrário,ela deve
judá-los a construir seu próprio ponto devista, sua verdade particular a partir
de tantas verdades parciais O sistema educacional pode
formar os futuros cidadãos para que sejam aprendizes mais flexíveis, eficazes e
autônomos, dotando-os de estratégias de
aprendizagem adequadas, fazendo deles pessoas capazes de enfrentar novas
e imprevisíveis demandas de aprendizagem.Ensinar aos alunos, a partir das
diferentes áreas do currículo, cinco tipos de capacidades para a gestão
metacognitiva do conhecimento.
·
Competências
para a aquisição de informação.
·
Competências
para a interpretação da informação.
·
Competências
para a análise da informação.
·
Competências
para a compreensão da informação.
·
Competências
para a comunicação da informação.
Mudar as formas de aprender dos alunos
requer também mudar as formas de ensinar de seus professores. Por isso, a nova
cultura da aprendizagem exige um novo perfil de aluno e de professor, exige
novas funções discentes e docentes, as quais só se tornarão possíveis se houver
uma mudança de mentalidade, uma mudança nas concepções profundamente arraigadas
de uns e de outros sobre a aprendizagem e o ensino para encarar essa nova
cultura da aprendizagem.
Quem não pode ter acesso às múltiplas
formas culturais de representação simbólicas socialmente construídas
(numéricas, artísticas, científicas, gráficas, etc.) está socialmente,
economicamente e culturalmente empobrecido.
na sociedade da aprendizagem, converter esses
sistemas culturais de representação em instrumentos de conhecimento – fazer um
uso epistêmico deles – requer apropriar-se de novas formas de aprender e de relacionar-se
com o conhecimento.
Esse é um dos maiores desafios a ser
enfrentados por nossos sistemas educacionais nas próximas décadas.
Cida Duarte e Roberta Arruda
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